sábado, 19 de março de 2011

Noite de Sexta me Espera

É noite de sexta e eu estou aqui, preso, sem poder sentir a energia noturna penetrar por toda a minha pele.

Quem sabe eu fuja só por essa noite. Vou me dar ao luxo de sair sem um tustão, somente com o meu cigarro entre os lábios e ir caminhar por toda essa praia que, apesar de toda a escuridão, ainda se mantém intacta.

É, eu falo sobre andar sem rumo mesmo. Virar na primeira esquina e seguir até onde eu quiser, até onde a minha intuição me guiar.

Eu sou um jovem que muitos já enxergam como adulto. Mas eu tenho uma surpresa pra vocês meus amigos, quem vos fala não é e nem pretende ser um adulto. Sigo a filosofia de sempre ser jovem, de nunca deixar a chama da juventude se apagar. Não estou me recusando a envelhecer e muito menos quero ser um neo Peter Pan ou coisa que o valha, mas eu sei que, por mais que as folhas persistam em cair, eu sempre vou manter a chama da juventude ardendo em meu coração.

Bom, acho que eu vou pular essa janela, só por essa noite mesmo. Os meus demônios estão a minha espera.

05/02/11

sexta-feira, 11 de março de 2011

A Névoa de Huracán e a Loucura de Dionísio

Eu não nasci para ser julgado como um normal. Eu odeio o politicamente correto, tenho asco de quem se força a ser um bom anfitrião e me enoja ter que manter as aparências.

Acredito que quando Huracán soprou sua névoa em meus olhos ele errou a mira e fez-me ver além do que os normais têm costume de ver. Entenda-me bem, não estou sendo egocêntrico ou coisa que o valha, eu só estou admitindo meu asco pela normalidade e a minha tendência para a loucura.

Ah, a loucura, o que seria dos seres humanos sem ela? É a loucura que me liga com Dionísio e transforma-me em um ser delirante. Sim, eu vivo em constantes delírios, freqüentes alucinações, independente do quanto isso possa me custar. E acredite meu amigo, isso me custa, e muito.

06/02/11

quarta-feira, 2 de março de 2011

As Águas de Março

Eu sempre fui um livro aberto, mas não como um livro qualquer. Sou daquela espécie de livro que precisa ser lido com atenção, que possui ligação entre todas as linhas e que, muitas vezes, há a necessidade de ser relido algumas vezes, pois certos trechos podem soar um pouco confuso, enigmáticos.

Acredito que estou no meu caminho certo, mas, como todo ser humano que se preze, possuo algumas falhas. Uma delas é a minha insegurança. Desde pequeno o medo de arriscar caminha junto a mim. Nunca gostei de dar o primeiro tiro, sempre preferi estar junto com quem atira primeiro, para sentir toda aquela emoção da bala saindo do revólver em direção ao alvo, mas sem correr o risco do tiro sair pela culatra. Talvez isso seja covardia da minha parte, ou talvez seja uma possível pseudo sagacidade.

Acredito ser autêntico, mas me falta a segurança de sair do comodismo e cavar mais fundo. Não é porque estou bem que tenho que evitar procurar o paraíso, não é mesmo? Sim, eu ainda sou o ingênuo que acredita que tudo pode ser melhor.

Criei diversas metas para esse ano. Sempre achei metas uma bobagem, mas dessa vez vou fazer diferente. Vou buscar estrelas nesse céu negro e vou me atrever a olhar o que se encontra atrás dessas portas entre abertas nesse gigantesco caminho que alguns têm o costume de chamar de vida.

As águas de março vão fechar um ciclo e abrir o caminho para um novo eu, para um ser que não tem medo de arriscar.

02/03/11